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Sozinho no mar alheio

Sozinho no mar alheio,
Numa modesta canoa a remar,
A dar volta ao mundo inteiro 
À procura de uma terra para ficar, 

No meio de tempestades,
Ondas e abanões,
Tive tantas dificuldades,
Porém não cai por meros trovões,

Mas no fim cai,
Cai num naufrágio infeliz,
Mas ao cair, renasci,
Porém com uma cicatriz

Porém aqui estou, em uma nova pessoa,
À remar contra a maré,
Na minha modesta canoa,
Onde rezo e demonstro a minha fé

Ao longe já há uma ilha,
É a ilha das flores,
A ilha da maravilha,
Onde tenho todos os meus amores

E lá viverei em alegria,
Lá irei adormecer,
E irei escrever a minha poesia,
Até ao dia do meu morrer

Copyright © Miguel Baltazar

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